Joey Ramone, meu herói

Praticar o ato de heroísmo não é apenas ser denominado herói, pois só será se o indivíduo ultrapassar as margens dos seus próprios temores com o objetivo de auxiliar alguém ou algum meio sem supor quaisquer recompensas para si.
Herói como Joey Ramone, pseudônimo de Jeffrey Ross Hyman, que através de acordes simples com letras do seu cotidiano mostrou a importância do sentimento.
Aquele homem jovem, desengonçado alto e magro trajado com uma jaqueta de couro e jeans esfolados não deixou que nada o impedisse de expor seus ideais, e fez isso de forma muito ampla nas suas canções. Dentre preconceitos e discriminações ele conseguiu passar a mensagem “faça você mesmo” para aqueles que o deram chance ao escutarem suas músicas e observarem seu estilo de vida. Pois apesar de tudo ele lutava contra o transtorno obsessivo compulsivo, sem falar nos problemas de visão e metabolismo. E foram estes muros que o fizeram ter vontade de quebrar todas as barreiras para que seu objetivo diante da sociedade fosse cumprido.
Pessoas como Joey, que enfrentam problemas de saúde acompanhados de julgamentos quanto ao modo de vestir, agir, andar, falar e pensar são considerados heróis pelos cidadãos. Com a idéia “faça você mesmo” resultou por tornar as pessoas mais independentes e pesarem por si próprias, trazendo reflexões e questionamentos quanto a todas a coisas. Herois são tão admirados, apesar de muitas vezes não valorizados enquanto vivos, por conseguir, independentemente das suas condições e medos, vencer a jornada, a qual se denomina vida, e ainda assim conseguir deixar algo válido moralmente no mundo em que habitaram. Joey acabou por perder ao batalhar com um linfoma aos 49 anos.
Aliás também é levado em consideração a imortalidade do herói, quanto mais valioso qualitativamente o seu feito, mais imortal ele se torna. É essencial para desfrutar bem de seu trajeto ter uma visão autônoma da natureza do ser, assim como jamais deixar a injustiça e a censura interferirem em nossos ideais.